sábado, 14 de maio de 2011

O TEMPO DE ANGÚSTIA DE JACÓ

   




      Por causa do engano praticado a fim de assegurar a
benção de seu pai, destinada a Esaú, Jacó havia fugido, alarmado pelas ameaças de morte feita por seu irmão. Depois de permanecer durante muitos anos no exílio, pôs-se a caminho de seu país natal. Chegando às fronteiras da terra, encheu-se de terror com as notícias da aproximação de Esaú, certamente decidido a vingar-se. A única esperança de Jacó se achava na misericórdia de Deus; sua única defesa deveria ser a oração...
   Sozinho com Deus, confessou seu pecado com a mais profunda humilhação. Chegara o momento crítico em sua vida. Nas trevas, prosseguiu orando. Repentinamente percebe uma mão sobre o ombro. Imaginou sendo um inimigo querendo rouba-lhe a vida. Com toda energia do desespero, luta com o assaltante. Quando começou a raiar do dia, o estranho empregou a sua força sobrenatural. Jacó sentiu-se como que paralisado e caiu, desamparado, choroso e suplicante, sobre o pescoço de seu misterioso antagonista. Soube então que estivera lutando com o anjo do concerto. Durante muito tempo suportara o remorso de seu pecado; agora teve a certeza de haver sido perdoado. O anjo insistiu: “deixe-Me ir, pois já rompeu o dia.” A isto Jacó responde: “Não te deixarei ir, se não me abençoares.” Gênesis 32-26. Jacó confessou na sua fraqueza e indignidade, mas confiou na misericórdia de um deus que guarda o conserto. Através de arrependimento e submissão, este pecador mortal prevaleceu sobre a majestade do Céu.
   Satanás tinha acusado Jacó perante Deus em virtude de seu pecado; havia incitado Esaú para marchar contra ele. Durante a noite de luta do patriarca, satanás esforçou-se por incutir nele o desânimo e a romper sua ligação com Deus. Quase foi arrastado ao desespero; mas havia se arrependido sinceramente de seu pecado e segurou firme o anjo, insistindo em seu pedido com ardentes brados, até prevalecer.
   Assim como Satanás acusou a Jacó, acusará o povo de Deus, mas o grupo que guarda os mandamentos de Deus resiste a sua supremacia. Vê que santos anjos os estão guardando, e deduz que seus pecados foram perdoados. Ele tem um conhecimento preciso dos pecados que os tentou a cometer, e declara que o Senhor não pode, com justiça, perdoar os pecados deles e ao mesmo tempo destruir a ele e seus anjos. Reclama que sejam entregues em sua mãos para os destruir.
   O senhor lhe permite que os prove até o último ponto. Sua confiança em Deus e sua fé serão severamente provadas. Satanás esforça-se para aterrorizá-los. Espera destruir sua fé, de tal maneira que sedam às suas tentações, desviando-se de sua fidelidade para com Deus.
    Todavia, a angústia que o povo de Deus sofre não é o medo da perseguição. Receiam que, em virtude de alguma falta em si mesmos, não se cumpra a promessa do salvador: “Eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro.” Apocalipse 3-10. Se mostrassem  indignos por causa de seus defeitos de caráter, o nome de Deus seria difamado.
   Indicam o arrependimento de seus muitos pecados passados e reclamam a promessa do Salvador: “Que os homens se apoderem da minha força, e façam paz comigo; sim, que façam paz comigo.” Isaías 27-5. Embora sofrendo ansiedade e angústia, não cessam as suas intercessões. Apoderam-se de Deus como Jacó se apoderara do Anjo; e a linguagem de sua alma é:”Não te deixarei ir, se não me abençoares.”
                                                                                 Ellen G.White

Um comentário:

  1. Aprendi com o meu caminhar que a fé é a nossa arma para vencer satanás.Gostei da postagem.Uma semana abençoada.

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